Um coletor de dados para inventário consiste em um terminal móvel que tem a finalidade de capturar informações sobre os produtos do estoque. A utilização adequada desses coletores pode trazer muitos benefícios à rotina do seu negócio, como aumentar o controle do seu inventário e agilizar diversos processos de armazenagem.
Então leia este artigo até o final para conhecer a importância dos coletores de dados, saber como eles podem ser utilizados na prática e quais são as vantagens desses equipamentos!
A importância do coletor de dados para inventário e estoque
Todo armazém ou empresa que trabalha com estoque — como varejistas, transportadoras, armazéns gerais, atacadistas, indústrias, entre outros — precisa ter muito cuidado com a movimentação de seus itens (SKU).
E os coletores de dados, como tecnologias para coleta e registro de informações, são utilizados na melhoria do controle desses bens, auxiliando no desenvolvimento do negócio. Esse objetivo é alcançado quando a tecnologia automatiza atividades, como:
- criação e monitoramento de inventário de estoque;
- separação de ítens em estoque para atendimento dos pedidos;
- conferência de entrada e saída de ítens em estoque;
- elaboração de relatórios de vendas;
- controle de qualidade;
- projeção da necessidade de renovação dos pedidos do estoque;
- prevenção de rupturas de estoque — falta de produtos que são buscados pelos clientes;
- controle do estoque — prevenindo perdas de mercadorias.
A utilização do coletor de dados na rotina do negócio
Os coletores de dados são pequenos terminais móveis equipados com teclado alfanumérico e com um leitor de códigos de barras, de QR codes e/ou de RFID. Para utilizá-los, basta que os colaboradores posicionem os aparelhos em frente ao código etiquetado nas caixas dos produtos para que as informações sejam lidas.
Os equipamentos podem ser usados para diferentes finalidades, como identificar mercadorias que entram e saem do estoque, rastrear ativos que são movimentados dentro do armazém, coletar informações dos itens — como dimensões, tipo e peso —, acompanhar procedimentos de fabricação, de vendas ou de transportes.
Tipos de Coletores de Dados
Há diferentes tipos de coletores que podem ser utilizados pelas empresas, e a escolha do modelo mais adequado vai depender das necessidades de mobilidade e ergonomia de cada empresa e operação.
Coletor de Dados Portátil
Os coletores de dados portáteis são os mais comuns, pois são relativamente pequenos e fáceis de manusear, podendo ser empregados em uma ampla gama de ambientes e atividades.
Coletor de Dados Veicular
Já os coletores de dados veiculares são acoplados em equipamentos móveis da empresa, como guindastes ou empilhadeiras, geralmente apresentam um custo mais elevado, porém facilitam e tornam mais seguros os processos e operações onde o operador da máquina precisa dirigir e operar o coletor.
Coletor de Dados Vestível
Os coletores de dados vestíveis são colocados no antebraço ou nos dedos do operador, apresentando várias vantagens em termos de ergonomia, pois deixa as mãos livres para operação de equipamentos, para segurar caixas ou outras atividades que necessitem de mãos livres.
Comunicação de dados entre o Coletor de Dados e o Sistema WMS
Depois que os equipamentos coletores de dados coletam os dados dos itens, eles devem ser transferidos para o sistema utilizado pela empresa. Em vez de digitar manualmente cada informação coletada, é preciso utilizar um Sistema de Gestão de Armazém (WMS) para que as informações sejam processadas automaticamente pelos computadores, e facilitem a operação e a gestão, dando maior segurança e produtividade ao negócio.
Ao combinar um sistema WMS com os coletores de dados, é possível automatizar atividades, como a geração de relatórios de gestão e inventário, levantamento de indicadores de desempenho (KPIs), separação de pedidos, controle de movimentações, registro de perdas e avarias, entre outras funcionalidades importantes na rotina de um armazém de cargas.
Lembre-se de escolher um sistema de gestão de armazém desenvolvido especificamente para o seu ramo. Por exemplo, se o seu negócio consiste em uma loja virtual, implemente um WMS que se integre aos sites e plataformas de e-commerce, se o seu empreendimento está voltado ao agronegócio, utilize um sistema WMS que possua recursos voltados ao agro.
Forma de Conexão do Coletor de Dados à Rede
Existem basicamente dois modelos de conexão de coletores de dados, os quais cabe aqui diferenciar de forma clara, para que o leitor não incorra em erro na hora de adquirir o seu coletor, já que os preços diferem bastante, dependendo dos recursos de conectividade disponíveis.
Coletores de dados em lote (Batch)
Os primeiros modelos de coletores de dados eram chamados coletores em lote (Batch) e armazenavam os dados coletados em sua memória interna, para depois serem descarregados via conexão a cabo em uma estação de trabalho para ser lido por algum software. Trata-se do modelo mais barato, porém limitado de coletor, e pouco usado hoje em dia, já que os modernos softwares WMS requerem coletores online.
Coletores de dados via RF / WIFI
Com o passar do tempo, a necessidade de informações atualizadas em tempo real nos armazéns e a popularização das redes sem fio levaram a uma evolução dos coletores de dados e surgiram os modelos equipados com conectividade wifi 2,4 e 5,8 GHZ, que são mais caros que os coletores batch, porém, muito mais versáteis.
Coletores de dados via RF / BLUETOOTH
Na esteira das inovações também surgiram alguns modelos de coletores de dados que utilizam conexão bluetooth para através da conexão de alguma estação de trabalho ou telefone celular transmitir os dados para o sistema, porém, essa forma de conexão não é muito utilizada.
Coletores de dados via Rede Celular
Impulsionado pela demanda de coleta de dados móveis como em serviços de leitura de água, luz e pesquisas de campo, surgiram também coletores equipados com conectividade a redes celulares GSM / GPRS / 3G / 4G, que costumam ser bem mais caros, porém, em alguns tipos de operação são a única alternativa viável.
Tipos de Leitores de Etiquetas nos Coletores de Dados
Um ponto que costuma levantar muitas dúvidas entre os profissionais do ramo que precisam adquirir coletores de dados é com relação a que tipo de leitor comprar, então a seguir falaremos sobre os principais tipos de leitores, suas aplicações e diferenças básicas.
Leitor de Códigos 1D
Os leitores mais comuns e populares são os leitores de códigos de uma dimensão, ou seja, os leitores 1D, que geralmente funcionam a base de um feixe de laser.
Os códigos 1D ou códigos lineares, como também são conhecidos, se apresentam por meio de barras verticais, que são dispostas conforme um padrão de codificação que pode variar tanto em espessura como na forma de apresentação do código. Existem vários padrões de codificação 1D, dentre os quais os mais populares são o CODE 128, EAN13, , Intercalado 2 de 5, 3 de 9.
Leitor de Códigos 2D
Os leitores de códigos 2D se baseiam em câmeras e leem códigos bidimensionais.
Os códigos 2D foram criados com o objetivo de viabilizar a inserção de uma quantidade maior de informações dentro de um código de barras. Podemos citar alguns os padrões QR Code, Datamatrix e PDF417 como exemplos mais populares de códigos de barras 2D.
Leitor de RFID
Os leitores de códigos RFID funcionam com etiquetas inteligentes que emitem sinais de rádio, semelhantes a essas:
Coletores equipados com esse tipo de leitor tem longo alcance e podem ler múltiplas informações simultaneamente, fazendo o registro dos bens sem precisar posicionar o aparelho diretamente sobre as etiquetas.
Os benefícios do coletor de dados para a empresa
As empresas que utilizam os coletores de dados conquistam amplas vantagens competitivas de mercado, que serão explicadas nos tópicos seguintes.
É importante ressaltar que variados tipos de empresas podem aproveitar os benefícios que serão explicados, como indústrias, supermercados, farmácias, lojas varejistas, comércios eletrônicos, distribuidoras, transportadoras, armazéns gerais e operadores logísticos.
Aumenta a produtividade
Coletar informações à mão, com caneta e papel, é uma atividade trabalhosa e demorada, o que é bastante prejudicial à empresa. Dependendo da quantidade de dados a serem coletados, um funcionário pode gastar vários horas conferindo as informações de um único ativo.
Esse problema se agrava mais conforme a empresa se desenvolve, já que o inventário cresce e o número de armazéns gerenciados aumenta.
Graças a um coletor de dados, as informações podem ser colhidas de forma mais simples e rápida, levando apenas poucos segundos, independentemente do tipo de ativo que está sendo registrado. Isso faz com que os colaboradores dediquem mais tempo às atividades mais relevantes.
Diminui erros
De forma geral, atividades manuais estão suscetíveis a muitos erros e até os colaboradores mais bem treinados incorrem em falhas. Isso pode ocorrer devido ao estresse, falta de atenção ou revisão, entre outros problemas. Esses erros impactam diretamente no desempenho do armazém e podem ocasionar grandes perdas ao negócio.
Os coletores de dados ajudam a eliminar a possibilidade de erros no registro dos itens, já que a leitura será feita automaticamente. Um bom Software WMS também identificará e emitirá alertas sobre inconsistências no estoque, assim, você saberá quando e onde ocorreu um erro.
Melhora a tomada de decisões
A eliminação de erros concede aos gestores dados mais exatos e reais sobre o estoque, o que torna a tomada de decisões pelos administradores mais precisa, bem como permite que eles façam projeções mais assertivas.
O uso de um coletor de dados alinhado a um sistema WMS também permite a automatização de várias atividades manuais, como planejamento para resuprimento, acompanhamento de KPIs, aplicação de curva ABC e elaboração de relatórios gerenciais. Essas funcionalidades permitem que os gestores dediquem mais tempo à elaboração de estratégias e tomem decisões mais rápidas.
Reduz custos
A diminuição de custos envolve o aumento da eficiência das atividades realizadas. A automação das atividades otimiza o trabalho dos colaboradores e reduz a quantidade necessária de pessoas para operar o negócio.
Isso é vantajoso especialmente em cenários de crise econômica ou de alta competitividade, já que as empresas precisam reduzir seus custos significativamente para garantirem a sua sobrevivência no mercado. Por fim, a economia envolve a escalabilidade, pois o armazém consegue expandir sem aumentar os custos na mesma proporção.
Melhora a qualidade operacional e a satisfação dos clientes
A qualidade operacional vai ser medida de acordo com as características dos serviços prestados pela empresa, como o prazo dos processos, a quantidade de perdas e extravios, o número de avarias etc.
O uso adequado dos coletores de dados melhora o desempenho do armazém de forma geral. Isso também impacta positivamente a experiência do cliente, o que aumenta a taxa de fidelização e melhora a imagem da empresa no mercado.
Qualquer empresa que trabalha com estoque pode se beneficiar com algum tipo de coletor de dados para inventário, mas é importante utilizá-lo em conjunto com um software WMS para aumentar o número de atividades automatizadas, impulsionando ao máximo o desenvolvimento do negócio.
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